No coração de Fontão, cada canto conta uma história de fé, trabalho e união. Era aqui que a comunidade recriava a Função do Senhor dos Passos, com as vestes do figurado feitas com farrapos velhos.
Por estas terras, passavam oficiais rumo à carreira de tiro em Taião. Conta-se que, junto ao regato, um cavalo assustou-se, provocando a queda fatal de um militar. Em memória dele, ergueu-se ali um cruzeiro - símbolo de respeito e lembrança.
A vida em Fontão fazia-se de sacrifício e entreajuda. As jovens, por vezes impedidas de participar nos serões, dedicavam-se ao trabalho árduo, desde a desfolhada do milho ao fiar e gramagem do linho, em dias que pareciam não ter fim.
Sem água canalizada, era na Fonte de Brei que se saciava a sede. Mais tarde, fruto da união do povo, ergueu-se uma nova fonte, junto aos lavadouros - espaço de encontros, partilhas e alegrias.
As tradições viviam-se intensamente, a 25 de julho trocavam-se os bois velhos, perpetuando um costume tão antigo quanto o lugar.
Mais recentemente, nasceram as alminhas de Santa Rita, erguidas com a fé da D. Antónia e "abertas" a todos os que por ali passem, em busca de recolhimento ou esperança.
E no alto, a imponente Casa do Paço recorda os tempos dos Marinhos, fidalgos de outras eras. Renovada, acolhe hoje quem procura descanso e paisagem, com vista privilegiada sobre o Vale do Gadanha, onde as vinhas de Alvarinho dão cor aos dias de quem lá passa.
Fontão não é apenas um lugar — é uma herança viva, onde o passado se sente no presente. Visite, conheça e deixe-se envolver pela alma deste lugar!
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