Em Lamoso, cada recanto guarda histórias de trabalho, sacrifício e partilha. Aqui, os dias começavam cedo e terminavam tarde, sempre com espírito de entreajuda. Os trabalhos faziam-se em conjunto e as crianças enchiam os caminhos de vida e alegria.
Sem água canalizada, era à Fonte da Corredoira que se ia, muitas vezes de noite, com a cântara e a cabaça, buscar água para beber ou tomar banho. Já na Fonte dos Nabais, a água quente e fumegante servia para lavar a roupa — e, claro, era também palco de encontros e até de namoricos ao luar.
A macieira junto ao lavadouro era paragem obrigatória: ali saboreavam-se maçãs antes de voltar para casa, onde pouco havia. Dizem que aquelas maçãs, doces e firmes, ainda hoje são lembradas com saudade.
Por estas terras, havia o cavaleiro com o moinho do Grilo, o moinho dos Pegos e a tantos outros moinhos que contavam a história do labor e da engenhosidade local - como os dois engenhos de serrar madeira, símbolos da força da comunidade.
Os caminhos fundos, escavados para desviar a água das casas, mostram como até o solo foi moldado com sabedoria e esforço.
Lamoso não é apenas um lugar — é uma herança viva, feita de memória, suor e afeto. Visite, conheça e envolva-se com a alma deste lugar que ainda hoje fala ao coração de quem por lá passa.
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